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terça-feira, 5 de abril de 2011

1992!

Não sei ao certo quando foi a primeira vez que notei a sua presença, muito menos não sei porque nunca te esqueci!


Era início de ano, e depois que sofri um acidente na escola antiga minha mãe teve a brilhante idéia de me tirar de lá e me colocar em uma escola bem próxima a minha casa, era 1991 e eu estava feliz com a nova escola, uau... piscina, mercadinho, um pátio enorme, era tudo que uma criança sonhara e agora era realidade.
Passado alguns dias já estava enturmada, conheci pessoas que se tornariam muito importantes na minha vida como a Cynthia, o Léo, os Gemeos, o Fábinho, o Henrique que me maltratava muito, Carol, e mais gente que participou de boa parte da minha vida, mas que por vários motivos se ausentaram da minha vida, e que a tecnologia me trouxe de volta.
Passado quase um ano, estava super feliz na escola, ainda me lembro das mesas quadradinhas onde cabiam 4 pessoas, sentava eu, Carol, um dos gemeos e um menino moreninho de cabelo tigelinha, lembro da presença dele, e se eu não estou enganada existe uma foto que comprova isso, mas como é que vou saber de quem é? lembro apenas de ter visto ela um dia em algum lugar, como entrariamos na alfabetização, a escola fez uma festa para os alunos, uma espécie de mini formatura, não lembro como foi decidido mas fui escolhida para ser a mágica na festinha, eu e mais uma porção de aluno, é, eu queria ser bailarina, mas sendo assim, fiquei feliz de qualquer jeito, lembro que em um dos ensaios estava sentada entre o Bruno e a Marcela, na verdade era assim que iria ficar no dia da apresentação, lembro que no auditório a Marcela quase quebrou meu dedo, ela deu uma dobrada nele que doeu muito, impossível esquecer, enfim... lembro que as fantasias eram todas feitas por uma mesma costureira que ficava na Rua Conde Prates na Mooca, e que fomos fazer as provas de roupas lá, lembro que quando iamos chegando, o indiozinho (eu pensava que ele fosse um índio, posso?) ia saindo, me lembro dele exatamente desse dia, mas não sei ao certo se esse foi o primeiro dia em que notei a presença dele, sei que lembro dele na festa, de macaquinho, EU LEMBRO DISSO PERFEITAMENTE! (Peça pregada pelo destino)
1992 chegou, e ai eu sabia da existência da sua pessoa na minha vida, e no pré primário, notei sua presença na sala, até hoje me lembro de um dia que meus pais foram me buscar e que eu saí de carteira em carteira contando para os meus colegas que minha cachorrinha estava no carro e eu ia viajar, lembro de ter contado isso pro indiozinho, ele sentava encostado na parede, me lembro fácil da cena (lembro por achar péssimo isso, toda vez que lembro morro de vergonha por ser tão idiota) enfim... esse era o ano de 1992, o ano em que eu realmente tinha notado você para nunca mais esquecer.
O ano passou e 1993 chegou, mudamos de prédio de escola, nossa, agora eu estudava na escola de gente grande, onde meu irmão estudava, eu me orgulhava muito disso, e lembro que no primeiro dia observei a prensença de um dos gemeos na minha sala, adorava ele era o Giam, junto estava um menino lindo que me apeguei muito rápidamente, Marco Aurélio, e uma menina chamada Janaína que seria minha amiga até hoje e o graaannnnde Netinho, e claro, lá vinha os rostos que pareciam ser permanentes na minha vida o Bruninho e o indiozinho que só então me dei conta de como iamos ser amigos, eu sentava atrás da Diana, uma menina legal demais que morava na Rua Marques de Valença, mas que eu não conseguia entender o porque dela não acreditar em Deus, sentava ao lado da Taty, e atrás de mim sentava o idiozinho que se chama Thiago e o Netinho...sim, e sou capaz de descrever todo o mapa de sala!
Enfim Thiago se tornou meu amigo, e tormanos a estudar juntos em 1994 novamente, ele continuou sentando perto de mim o que fez com que a gente nunca parasse de conversar, lembro que era eu, ele, o João, a Ariane que cortou o dedo dela (ai!) e a Fernanda, todos sentavamos bem próximos, lembro dos pais de todos como se fossem meus tios e eu não tivesse obrigação de esquecer, claro que os pais da Fe e da Ariane foram muito presentes na minha vida, a mãe do Jõao na verdade também... agora os pais dele... eu nunca consegui entender porque nunca esqueci.
Bem.... 1995 chegou, e não me lembro bem dele na minha história, porque foi um ano relativamente muito ruim na escola, foi quando as coisas começaram a desandar para mim, a professora me agredia verbalmente porque eu não consegui acompanhar o rítimo da sala nas taboadas e eu queria sair correndo e a professora de basquete era um saaaacooooo que fez com que eu detestasse o esporte por muito tempo, porém, de basquete eu voltei a gostar, mas de matemática...
e assim se passaram os anos, lembro de ter crescido com todas essas figuras, mas me faltava o Thiago, eu não mais o via, e aquela ausência me incomodava um pouco, eu cresci pensando nele, pensando em reencontra-lo em algum momento, eu criei uma expectativa em relação a gente, eu cresci pensando que ele fosse meu primeiro amor, e contei para alguém sobre isso quando tinha meus 11 anos, foi quando alguém me disse desencana pela primeira vez, e eu encontrei uma outra pessoa para ocupar meu coração de criança, de fato uma pessoa 11 anos mais velha que nunca mudaria o destino das coisas, porém, se tornou muito importante.
Os anos passavam, e até então eu nunca consegui entender o porque que o Thiago nunca saiu da minha cabeça, todos os anos quando uma nova turma se iniciava no colégio, eu ia com a expectativa de reencontra-lo na minha turma ou no intervalo, só que isso nunca aconteceu até os meus últimos momentos naquele colégio, que estavam para terminar na minha oitava série.
Meus 15 anos vieram e eu decidi desencanar de vez, de certa forma desencanei, mas alguma coisa mantinha aquele sentimento vivo e escondido, eis que consegui esquecer (eu pensava nisso), e mal lembrava dele, estava numa fase ótima, namorava, curtia minha aborrecência, ia para as matinês do Cabral, saía com minhas amigas, trocava de colégio como quem trocava de roupa... e as vezes ele me vinha na cabeça, nunca entendi!
Passado a minha grande fase, prestes a completar 18 anos a decisão bobástica da minha mãe de vir morar em Maceió fez com que tudo desse um nó na minha cabeça... na verdade houve esse nó, eu estava deixando uma história de vida lá e que eu teria que recomeçar tudo de novo, sim!
Com o passar do tempo o Orkut apareceu, e com ele a vontade de achar essas pessoas que fizeram parte da minha vida também, encontrei todos eles, menos Marco Aurélio, Diana e esse Thiago que nunca nem o sobrenome saiu da minha cabeça, o que poderia facilitar muito nas buscas.
Não vou mentir... procurava todos os anos, e nunca encontrava (NUNCA ENCONTREI), 8 anos se passaram e pelo menos desses 8 pelo menos uns 6 eu procurei por ele, mas nesses últimos anos, eu fiz questão MESMO de desencanar, até que um comentário genial da minha mãe na quarta -feira de cinzas fez com que eu lembrasse de que? do Thiago... lembrei muito, mas muito, de tudo o quanto fui apegada ao desejo de reencontra-lo e eis que a nossa MARAVILHOSA era digital deu uma segunda chance pra mim chamada, FACEBOOK!
Gente, foi coisas de segundos, o nome dele sempre presente na minha cabeça, e eu incrível fui a caça dele, por falta de um encontrei ao menos 10 caras com o mesmo nome e sobrenome, massss... ainda bem que a aparência dele sempre esteve presente, e eu nunca esqueci aqueles olhos pequeninos e rasgadinhos o que fazia ele se assemelhar demais a um idiozionho, e BINGO!
Achei um cara de Fortaleza, um de São Paulo Capital e um que não conseguia ver de onde era graças as informações privadas, na falta de sorte eu chutei o cara da capital pra longe e decidi optar pelos outros 2, mesmo um deles sendo de Fortaleza, porque pensei, se eu vim para Maceió, porque ele não estaria no Nordeste também, e assim com a cara e a coragem adicionei os dois, um que só Deus mesmo sabia de onde era, e passado algumas 4/5 horas eu vejo que um deles tinha aceitado minha solicitação, dos dois que eu tinha add, eu pensava que esse era o menos provável, mas claro que quando eu vi a figura online eu fui falar e depois de minha grande conversa contando a loucura...WOOOHOOO... minha busca de 16 anos finalmente tinha terminado.
Gente, vocês sabem o que é procurar uma pessoa por 16 anos, o que é nunca esquece-la? confesso, foi a experiência mais brilhante da minha vida, um ápice de superação, pois eu nunca pensei que fosse conseguir alcançar.
Hoje, 2 meses e 2 dias depois do acontecido eu confesso, existem coisas que valem muito a pena, principalmente você virar para essa pessoa marcante e dizer o quanto ela é especial!
Se permitam usar a tecnologia a favor dos seus amigos, amores, inimigos antigos... as vezes a vida te presenteia com excelentes surpresas, eu fui presenteada.
Por que eu nunca esqueci ele? Talvez por eu sentir que a alma dele tinha alguma energia especial para mim.
Aonde vai chegar? deixe com que o tempo diga, eu só quero curtir ele pelos 16 anos que não tive do meu lado.

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